Todos os anos surgem redes sociais, algumas com propostas inovadoras e outras que funcionam apenas como um Ctrl+C e Ctrl+V. A queridinha do momento é a Bluesky, rede criada por ninguém menos que o co-fundador do Twitter, Jack Dorsey.
Confira agora um resumo das funcionalidades!
O que é a Bluesky e qual sua proposta
A Bluesky é uma rede social de microblogging, assim como o Twitter, mas que funciona de maneira descentralizada, ou seja, existem diversos servidores que podem ser criados por pessoas ou empresas e estes podem conter regras próprias. Além disso, é possível que essas redes interajam entre si e não apenas em sites e aplicativos oficiais.
O concorrente mais similar neste caso é o Mastodon, rede sem fins lucrativos que também permite a criação desses espaços.
Nascida como um projeto dentro do próprio Twitter em 2019, a Bluesky seria uma evolução para a “plataforma do passarinho”, mas que começou a operar de forma independente após o processo de aquisição de Elon Musk.
No ano passado, já de maneira independente, a rede lançou o Protocolo AT com a promessa de mudar esse formato de rede. Ele permite aos usuários compartilhar mensagens em várias redes sem afetar a moderação, além de possibilitar a migração entre redes.
Como funciona e diferenciais
Visualmente a nova rede social é muito parecida com o Twitter: a tela inicial é um feed/timeline, possui tela para busca de posts, notificações e um lugar para verificar e editar o perfil.
Assim como em diversas outras redes sociais, a timeline ou feed utiliza um algoritmo para exibição e ordenação de posts, mas com a proposta de ser um “algoritmo aberto” que permite maior transparência sobre o que é visto e porquê. Em teoria, as pessoas poderão escolher, compartilhar ou criar algoritmos para classificação de posts.
Outro grande diferencial da Bluesky é a moderação. Assim como o algoritmo, ela também dá a liberdade para um ecossistema de provedores terceirizados e personalização para que pessoas ou empresas consigam aplicar diferentes níveis de moderação. Para isso, a rede faz uma rotulagem automatizada de conteúdo, como as redes sociais centralizadas, e permite também a seleção e filtros para spam, NSFW e afins, o que eles chamam de “moderação composta”.
Vale destacar que também é possível para a comunidade aplicar rótulos a trolls e pessoas que praticam algum tipo de preconceito ou desinformação, muito similar ao que fóruns disponibilizavam em meados dos anos 2000.
Além desses diferenciais, a rede funciona de maneira bem simples, permitindo posts de imagem, vídeo e textos de até 256 caracteres; respostas, compartilhamentos e repostagens; seguir, silenciar e bloquear perfis.
Como criar conta na Bluesky
Atualmente a rede social opera por meio de convites, similar ao que o Google fez com Gmail e Orkut no passado e estima-se que existam 2.000 usuários até a data de publicação deste artigo, mas esse número pode aumentar exponencialmente assim que novos convites forem liberados.
Para conseguir um convite e entrar na Bluesky, basta entrar no site oficial, preencher o campo destacado com um e-mail e solicitar o convite.
A lista de espera já passou de 30.000 solicitações, portanto a expectativa para a rede está bem alta.
Conclusão
Ainda é cedo para dizer se a Bluesky será um rival à altura do Twitter, mas pode ser uma alternativa interessante para quem deseja fugir das polêmicas, mudanças e problemas atuais da concorrência.
O Twitter estagnou em número de usuários e a previsão de faturamento segue em queda por conta da desconfiança dos anunciantes nas propostas de Elon Musk. Para piorar, a remoção do selo de verificado impacta diretamente a reputação da plataforma como uma rede de notícias.
Você acha que a Bluesky tem potencial para alcançar e substituir o Twitter em algum momento? Compartilhe esse artigo com a sua opinião nas suas redes!