O marketing digital, assim como qualquer tecnologia, se transforma em um ritmo praticamente exponencial e essas mudanças foram ainda mais aceleradas nas últimas décadas, onde vimos uma ascensão das redes sociais, popularização de aplicativos e criação de experiências únicas com imersão utilizando VR e RA. No entanto, essas são apenas formas de alcançar as pessoas, por isso o conteúdo, análise de dados e outras frentes continuam igualmente importantes como eram há 10 ou 20 anos.
Para conferir o resultado dos anos anteriores e conhecer melhor as novidades esperadas para o ano de 2022, confira o artigo abaixo.
Tendências de marketing digital para 2022
Privacidade e soluções alternativas de segmentação: a privacidade dos usuários ganhou destaque após o escândalo da Cambridge Analytica. Tivemos a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) ou similares em diversos países que forçaram os sites a se adaptar à nova realidade. A próxima grande mudança para isso é o fim dos cookies, marcado para 2023 e a tendência é que o FLoC, desenvolvido pelo Google, seja o substituto.
Navegação personalizada e experiências: se de um lado teremos maior privacidade entre plataformas, do outro cabe aos proprietários de sites conhecerem melhor o público por conta própria. Diversas plataformas de teste A/B e tecnologias baseadas em inteligência artificial, como o Sensei da Adobe, prometem gerar uma experiência superior ao usuário e aumentar a taxa de conversão.
Conteúdos longos e detalhados: essa tendência não vai contra o conteúdo direto e segmentado, apontado em 2020. Na verdade, o conteúdo deve sempre ser escrito desta forma, mas os criadores estão priorizando textos maiores agora que o Google possibilita que a pessoa acesse exatamente o trecho de interesse com o recurso Trechos em destaque. O tamanho médio de textos que aparecem na primeira posição é de 2.416 palavras, isso quer dizer que esse é o volume ideal? Não, tudo depende da intenção do usuário e da profundidade do tema.
O fim do AMP: a tecnologia AMP (Accelerated Mobile Page) ajudou muitos sites que tinham uma versão mobile ruim a oferecer uma experiência mais agradável aos usuários. No entanto, graças aos esforços para atender as necessidades do Core Web Vitals, muitos sites melhoraram muito suas versões para dispositivos móveis e isso levanta a questão: até onde vale a pena manter o AMP? Ele é mais leve, mas se trata de uma versão mais simples do site e muitos recursos interessantes precisam ser sacrificados para o seu uso. E agora que o próprio Google tirou a obrigatoriedade de se utilizar a tecnologia para poder aparecer em notícias, a tendência é que seu uso seja diminuído ou até mesmo encerrado.
Conteúdo gerado por inteligência artificial: IA realmente será o assunto da próxima década, provavelmente também será o mais polêmico. Apesar do nome deste tópico sugerir que o texto será feito pela IA, isso não quer dizer que deva ser feito exclusivamente por ela, afinal todo conteúdo deve possuir qualidade e agregar valor ao usuário. Ferramentas como o CopyA e Headlime devem ser utilizadas de forma assistida, mas podem ajudar muito na criação e otimização de conteúdos.
Fontes para 2022: Think With Google, Forbes e WordStream.
Tendências para 2021
Conteúdo gerado pelo usuário (UGC): as pessoas ganharam ainda mais foco no ano de 2020, as marcas se tornaram mais humanas e próximas aos usuários e eles aprovaram essa mudança. Diversas empresas utilizaram conteúdos gerados pelos usuários para promover produtos e essa tendência tem tudo para crescer ainda mais em 2021.
User experience: aprimorar a experiência do usuário é uma ótima forma de atrair visitantes e conquistar mais vendas. Essa atividade será ainda mais importante a partir de maio de 2021, pois o Google lançará a atualização conhecida como Core Web Vitals, uma novidade totalmente focada em UX.
Eventos online e Webinários: a maior prova de que o marketing realmente se reinventa foi a migração de todos os eventos para o online por meio de Lives e apresentações e esse formato de mídia deve ganhar novos adeptos no próximo ano. Um dos motivos é a redução de custos para todos os envolvidos, pois o organizador não precisa investir em uma estrutura física muito robusta e os convidados não precisam gastar com passagens e hospedagem. Outro ponto importante é que esse tipo de acontecimento normalmente não fica limitado à quantidade de usuários e seu alcance é internacional.
Shopping Social: o lançamento das lojas do Facebook e Instagram ajudará as pequenas e médias empresas que procuram por novos canais de vendas. Além disso, outras soluções como o Whatsapp Pay também devem chegar no início de 2021.
Chatbots: a comunicação por chatbots se popularizou muito em 2020, principalmente porque o atendimento físico foi limitado. Aos poucos os consumidores se acostumaram com a conversação automática e muitos até preferem essa forma hoje em dia. Uma das empresas que soube aproveitar muito bem o uso de chatbots foi a Magazine Luiza.
Fontes de 2021: Envato, WordStream e Rock Content
Tendências para 2020
O planejamento de 2020 de muitas empresas foi descartado com a chegada da pandemia, entretanto aquelas que decidiram investir em marketing digital na pandemia não se decepcionaram, pelo contrário, até mesmo aquelas que não haviam planejado acabaram encontrando na tecnologia a solução para salvar o negócio.
Aqui estão alguns palpites que eram relevantes em 2020 e que ainda podem ser considerados úteis para 2021:
Conteúdo multimídia: a comunicação utilizando imagens e vídeos dominou as redes sociais. Os posts mais relevantes do Facebook e Twitter normalmente utilizam algum recurso visual. Isso sem falar em redes sociais como Instagram e Tiktok que são totalmente baseadas em conteúdo multimídia, portanto vale a pena investir em criação.
Conteúdo direto e segmentado: com a escassez de tempo, a tendência é que as pessoas leiam apenas o essencial, de preferência um conteúdo direto e que corresponda às necessidades. Pensando nisso, é importante que todos os conteúdos sejam diretos, simples e segmentados.
Assistentes de voz / Pesquisas por voz: a evolução dos assistentes de voz em 2020 foi evidente. A Amazon investiu e barateou o custo de aquisição da Alexa, além de integrar o sistema a outros serviços. Google, Apple e Microsoft também investiram em melhorias de seus assistentes e hoje já é possível realizar compras, gerenciar uma casa inteligente, consumir diversos tipos de conteúdo e ainda aumentar a segurança dos lares.
Tiktok: a mais nova queridinha da GenZ se consolidou como o aplicativo mais baixado na pandemia, ao todo foram 2 bilhões de downloads na App Store e Google Play Store. No Brasil, a rede social conta com cerca de 7 milhões de usuários cadastrados. Pode ser uma excelente alternativa para empresas que atendem o público jovem.
Marketing de influência: ainda falando sobre redes sociais, não é novidade que os influenciadores tem inspirado pessoas diariamente. De acordo com uma pesquisa publicada pelo Think With Google, cerca de 70% dos jovens confiam mais nos influenciadores do que em celebridades. Isso mostra que o consumo de informação mudou, as pessoas deixaram de acreditar em propagandas de TV com pessoas veganas anunciando carne e celebridades utilizando produtos considerados baratos. Em vez disso, o público procura um conteúdo simples e produzido por pessoas com gostos parecidos.
Fontes de 2020: Search Engine Journal, Think With Google, Forbes e Oberlo.